segunda-feira, 30 de dezembro de 2013 0 comentários

The Maze Runner: Correr ou Morrer - James Dashner

Bom, galera, a resenha dessa semana é um pouco diferente: como The Maze Runner é um livro de mistério, com várias revelações à todo momento e várias dúvidas que se repetem pela obra. Assim, acho que qualquer coisa, praticamente, que eu disser sobre a trama do livro pode ser considerado um spoiler (eu não gostaria de saber de algumas dessas coisas antes de ler, por exemplo).
Então, vou fazer dessa forma: primeiramente, a sinopse (como sempre), depois, falarei da escrita como um todo (modo de escrita, velocidade, etc) e sobre o livro em si (encadernação, erros de português, etc). Só depois, separadamente, falarei da trama. Assim, só lê a parte da trama quem quiser. Enfim, apreciem a resenha, trolhos.
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Nome original: The Maze Runner /
Ano: 2010 / Editora: Vergara & Riba / 426 páginas

Sinopse:

"Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.
Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.
Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito."


Escrita e Edição:

The Maze Runner é um livro que te prende, realmente. Comecei a lê-lo e, em duas horas, já estava na página 177. Depois do quarto capitulo (o livro tem 62 capitulos + o epilogo), é muito difícil parar. Os personagens são carismáticos e o fato de que descobrimos tudo ao mesmo tempo que eles, cada passo, cada decisão tomada, é realmente incrível. A escrita é fluída na maior parte do tempo, apesar de que até a história engrene realmente, ela se arrasta ligeiramente. Você não fica pensando que está lendo, e isso é o que eu penso ser a coisa mais importante em qualquer livro. As metáforas são interessantes e os artifícios utilizados pelo autor para manter o leitor preso são extremamente eficientes.
Não encontrei nenhum erro de português, e a edição do livro é boa. A capa é relativamente bonita, com a hera em alto relevo e brilhante. A contracapa é mediana, com uma imagem (provavelmente) de um verdugo morto. Em minha opinião, a sinopse revela um pouco demais, mas isso varia da opinião de cada um.

Trama:

A história já começa engrenada, nos levando a acompanhar Thomas, o personagem principal, em seu enclausuramento num pequeno elevador de metal e, como ele mesmo diz, "por estranho que parecesse, sentiu que o medo como que fora desaparecendo, tal qual um enxame de mosquitos levado pelo vento, deixando em seu lugar uma intensa curiosidade."
E o leitor também sente essa enorme curiosidade.
Quando o elevador se abre, Thomas se sente ao mesmo tempo abraçado e engolido pela nova realidade de sua vida: ele e muitos outros garotos estavam presos n'A Clareira, sabendo apenas seus nomes (mas não seus sobrenomes).
Ele mal chega e já conhece Alby (o líder d'A Clareira) e Newt (o segundo no comando).
Ele também é apresentado à Chuck, o garoto (com, aparentemente, doze ou treze anos) que rapidamente tornou-se seu melhor amigo.

Thomas logo aprende que há toda uma ordem n'A Clareira (o lugar onde eles vivem), cada um faz o que sabe fazer de melhor: alguns são Aguadeiros, outros são Desbastadores, ou Cozinheiros, ou Socorristas.

Mas a "classe" mais importante para os Clareanos é a dos Corredores. Os corredores são os melhores dentre todos. Os mais rápidos, com a melhor memória, melhores reflexos, melhores habilidades de luta.
Eles se prestam à sair da Clareira, o lugar seguro, e correr pelo labirinto que a cerca. No labirinto, se escondem enormes criaturas, meio biológicas, meio máquinas, chamadas Verdugos.
Todos os dias, entre a abertura dos portões (ao nascer do sol) e o seu fechamento (ao pôr-do-sol) os corredores se aventuram no labirinto, tentando encontrar uma saída e traçando mapas para acompanhar as mudanças do labirinto (que se move todas as noites).
Então, no dia seguinte à chegada de Thomas, alguém chega, sendo que o costume era que se chegassem um novato por mês. E, como se isso não fosse estranho o suficiente, é uma garota. A primeira garota à chegar n'A Clareira, desde que os Clareanos se lembravam.
Quando ela chega, num rebuliço, carrega um papel com uma mensagem bem clara:
"Ela é a última".

Quer saber mais?
Leiam mais, cabeças de mértila!

Links:
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013 2 comentários

Jogador Nº1 - Ernest Cline


Obs.: Esse post tem trilha sonora, muchachos, então abram a postagem separado e aproveitem ^^
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Nome original: Ready Player One /
Ano: 2012 / Editora: Leya / 460 páginas


Sinopse

"Um mundo em jogo,
 a busca pelo grande prêmio.

Você está preparado?


O ano é 2044, e o mundo real está numa terrível situação.
 Como a maioria das pessoas, Wade Watts escapa de sua desanimadora
realidade passando horas e horas conectado ao Oasis, que é uma utopia virtual que
permite a seus usuários ser o que eles quiserem, um lugar onde você pode viver
e se apaixonar em qualquer um de seus milhares de planetas.
E, como a maioria da humanidade, Wade sonha em encontrar o grande prêmio que
está escondido nesse mundo virtual. Em algum lugar desse playground gigante, o
criador do Oasis escondeu uma série de enigmas que premiará com uma enorme
fortuna e um poder muito grande aquele que conseguir desvendá-los.
Durante anos, milhões de pessoas tentaram, sem sucesso, encontrar esse prêmio,
sabendo apenas que os enigmas de Halliday se baseiam na cultura pop da época que
ele adorava: o fim do século XX. E, durante anos nessa busca, milhões descobriram
outra válvula de escape, estudando de modo obsessivo os símbolos de Halliday.
Como muitas pessoas, ele discute os detalhes da obra de John Hughes, joga
Pac-Man e canta as músicas do Devo enquanto ganha terreno no Oasis.
E então Wade encontra o primeiro desafio.
De repente, o mundo todo se volta para acompanhar seus passos, e milhares de
competidores se unem na busca, entre eles, jogadores poderosos e dispostos a
cometer assassinatos para tirar Wade do caminho. Agora, a única maneira de
Wade sobreviver e proteger tudo que ele conhece é vencer. Mas para isso, talvez
tenha que deixar para trás sua perfeita existência virtual e encarar a vida - e o
amor no mundo real do qual ele sempre fugiu desesperadamente."


Edição e Escrita



Edição:

A edição feita pela editora Leya é muito bonita (considero essa a edição com a capa mais bonita, entretanto a versão em inglês toda pixelizada, 8-bits também é muito boa. Link no fim do post). O número um estilizado na capa tem um auto-relevo meio adesivo, meio liso, bem interessante, que aumenta o brilho da linha. As letras da capa, com esse estilo 8-bit pixelizado dá mais personalidade ao livro, o que achei bem interessante. A contracapa não tem imagens, só a sinopse, então, nada à declarar. Gostei bastante da tipografia do nome na página de apresentação, com um estilo retrô que tenho certeza que Halliday teria adorado. Uma coisa que também é muito legal é que, a cada nível (um para cada Chave) que se passa, há uma página com uma frase interessante, sendo a frase do nível 2 de Groucho Marx (um humorista americano), e as outras duas retiradas do Almanaque de Anorak (Diário de James Halliday). Além disso, destaque para a separação de cenas feita pelas três chaves, e os desenhos dos portões colocados ao lado dos nomes n'O Placar (explicado, também, mais pra frente na resenha).
Encontrei dois erros na diagramação: um erro de gramática e um de lógica. Na página 233, foi utilizado "e era mais" quando era, obviamente, "era mais" (gramática) e, na página 257, trocaram "Chave de Cobre" por "Chave de Jade" (lógica).


Escrita:

Sobre a escrita do autor, ela é bem fluida, já que o autor é também um roteirista. Há várias notas de rodapé que esmiúçam vários detalhes do cenário (algo provavelmente feito pensando no filme, já que os direitos de adaptação do livro foram comprados pela Warner antes mesmo do lançamento do mesmo), o que ficou interessante. A história é contada em primeira pessoa, pelo personagem principal, e tem vários momentos de detalhamento sobre o mundo do OASIS (apesar de muito pouco ser contado sobre o mundo real).

Resenha

A Trama:


A história é contada em primeira pessoa, pelo personagem principal, Wade Watts, um jovem do século 2044, acima do peso e antissocial, que lida com sua pobreza afundando no "OASIS (Ontologically Anthropocentric Sensory Immersive Simulation), ou Simulação Imersiva Sensorial Ontologicamente Antropocêntrica[...]".

Wade perdeu o pai quando tinha apenas alguns meses e a mãe aos onze anos e agora vive com sua (odiosa) tia Alice e seus namorados, num enorme trailer numa enorme pilha de trailers. O jovem, como quase todos no mundo, é muito pobre mas ele tem uma habilidade que o diferencia: ele tem um certo dom para encontrar e reformar antigos eletrônicos.

Quando James Halliday, o multimilionário de 67 anos, e fanático pelos anos 80, morre, ele faz algo que mudaria a vida de Wade para sempre: ele começa a Caça ao Ovo de Páscoa (Easter Egg) de Halliday. O ovo de páscoa está escondido em algum lugar do OASIS e só conseguira chegar nele quem obtivesse as três chaves (de cobre, jade e cristal, nessa ordem).

E então o garoto encontra um sentido e uma solução para a sua vida, transformando-se em Parzival, um avatar que tinha o objetivo de encontrar o ovo de Páscoa.
Ele começa a estudar os anos 80, a década favorita de Halliday, e no que ele se baseou para criar o ovo: bandas, músicas, jogos, filmes. Tudo. A cultura pop daquele tempo.

Mas, depois de cinco anos desde o começo do concurso, ninguém encontrou (nem mesmo) a Chave de Cobre, e o interesse n'A Caça esfria. Como o próprio Halliday diz no Convite de Anorak (o vídeo de anuncio do concurso): "Não consegui testar este jogo em especial, por isso pode ser que eu tenha escondido o meu ovo de Páscoa bem demais. Talvez ele esteja num local muito difícil de ser encontrado."

Mas tudo muda quando, numa noite, O Placar (um local onde ficam as pontuações das pessoas que estão n'A Caça) se altera pela primeira vez. Na primeira colocação, um nome.
Parzival.
E então a vida de Wade é virada de ponta cabeça

Saindo de sua total pobreza para uma situação mais estável, ele consegue elevar o nível de seu avatar e deixá-lo cada vez mais poderoso (enquanto que, sem dinheiro, ele conseguira chegar apenas ao nível 3). O nome de seu avatar fica conhecido por todo OASIS e, consequentemente, por todo o mundo. Todos querem saber como ele conseguiu encontrar a Chave e se ele conseguira encontrar o ovo, e a chama d'A Caça é acesa outra vez, com milhares de pessoas voltando à caçadas. Mas há uma empresa, a IOI, que não segue as regras éticas do concurso, fazendo de tudo para ter o OASIS e monetizá-lo ao máximo. E, encontrando a Chave, Wade atrai a atenção deles.

Quando os muitos e-mails da IOI começam a chegar, chamando-o para uma negociação, ele resolvi ir encontrá-los (pelo OASIS, é claro) para descobrir seus planos. E é então que a IOI se revela realmente.

Quer saber mais sobre esse que pode ser o futuro novo clássico nerd?
Leia!

Links:
sábado, 21 de dezembro de 2013 2 comentários

A Batalha do Apocalipse:
Versão Normal ou Especial?

 


Pessoalmente, eu acho que a versão especial compensa mais, na questão custo/benefício, porque, em qualquer site (fora o Submarino) a versão normal custa R$32,00 e no submarino a especial sai por R$35,91.

Apesar de a versão normal estar R$14,95 no Submarino as adições do livro especial compensam com várias páginas de conteúdo exclusivo, incluindo:

  • Um capitulo inédito,
  • Ilustrações muito bonitas de personagens e lugares,
  • E várias explicações extras sobre o universo do livro.

Além de que a versão especial é em capa dura, muito mais durável.
As páginas tem um acabamento mais amarelado que é melhor para os olhos do leitor (muito mais confortável pra ler) e, pelo menos parece, ser um papel de maior qualidade.
A impressão é um pouquinho mais escura, de melhor qualidade.

Enfim na minha opinião, a versão especial compensa bastante. Leiam, dêem de presente ou costruam uma parede com esses tijolos, não importa. Mas aproveitem, meus jovens dragões.


P.S.: Resenha vai sair, algum dia. Acreditem, meus dragões. Acreditem!
P.P.S.: Sai depois das resenhas dos outros livros do Spohr: Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida (Vol.1) e Anjos da Morte (Vol.2).
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013 0 comentários

Cowboys & Aliens

Tradução literal: Vaqueiros e Alienígenas
Ano: 2011 / Produtora: Universal Pictures / 1h58min


Sinopse:

"Em 1873, no Arizona, um homem chamado Jake Lonergan (Daniel Craig) acorda sem nenhuma memória de seu passado, e com um misterioso bracelete em seu pulso. Ele entra na cidade de Absolution, onde descobre que ele é um criminoso notório procurado por muitas pessoas, incluindo o Coronel Woodrow Dolarhyde (Harrison Ford), que comanda a cidade com punhos de ferro. Porém Absolution enfrenta uma ameaça maior quando uma força misteriosa ataca a cidade do céu, matando todos no caminho. Enquanto o bracelete de Lonergan guarda o segredo para derrotá-los, ele deve se aliar ao Coronel Dolarhyde e antigos inimigos para combater a entidade misteriosa."


Resenha:

A história se passa no velho oeste, e a primeira cena do filme é a de um homem acordando no meio do nada com um grilhão no braço, que não consegue tirar. Quando ele mal acaba de acordar, um grupo de homens (aparentemente caçadores de índios) o encontra, e, pelo grilhão e por um ferimento em seu tórax (que se parece à um tiro) julgam-o um fugitivo e querem levá-lo à justiça para conseguir a recompensa. Felizmente, ele consegue se livrar dos homens (numa cena de luta épica) e, roubando sua roupas, suas armas, seu cavalo e seu cachorro, carinhosamente chamado, mais pra frente, de "Cão" (criatividade esbanjando), segue para a cidade próxima (Absolution), onde acaba sendo preso.

Mas essa não se trata de uma história de faroeste comum, meus amigos. Porque? Olhem para o nome, oras. Tenho que explicar tudo? Aliens, rapazes. Aliens.
Motherfugging aliens atacam a cidade, meus pequenos dragõezinhos. E é ai que eles descobrem que o grilhão/bracelete do forasteiro farofeiro foragido do faroeste (também conhecido como Jake Lonergan) é a única arma que eles tem que é capaz de fazer danos grandes aos aliens (apesar de que o bom e velho tiro de 12 na cabeça ainda causa estrago).

A narrativa flui bem, enquanto eles vão no rastro de um dos aliens, atrás das pessoas da cidade sequestradas por eles.

O filme é baseado em uma light novel de mesmo nome, escrita por  Scott Mitchell Rosenberg, ambientada no Velho Oeste americano e escrita por Fred Van Lente e Andrew Foley, com desenhos de Dennis Calero e Luciano Lima.

É um bom filme, que conseguiu unir os clássicos filmes de faroeste (como os de Clint Eastwood) com os filmes de alienígena (como Alien vs. Predador, Guerra dos Mundos, entre outros) sem parecer uma grande piada, fazendo homenagens aos dois lados. Pra vocês terem uma ideia, enquanto não apareciam os alienígenas, a sensação era de estar vendo um filme de faroeste comum. E quando havia interação com os aliens (por exemplo, quando Jake começa a recuperar suas memórias) é um perfeito thriller de extraterrestres. Incrível.
O filme faz jus à seu elenco, que conta com:

  • Harrison Ford (o eterno Han Solo, Magneto, Indiana Jones, Blade Runner...),
  • Daniel Craig (James Bond),
  • Olivia Wilde (Quorra, em "Tron: O Legado"),
  •  Sam Rockwell (Zaphod Beeblebrox, em "O Guia do Mochileiro das Galáxias" [Sim, eu sei que o livro é muito melhor, obrigado. {Resenha logo no blog}]),
  • Paul Dano (Calvin, em "Ruby Sparks - A Namorada Perfeita"),
  • Clancy Brown (Kurgan, em "Highlander") e
  • Ana de la Reguera (Irmã Encarnación em "Nacho Libre [Jack Black, meus amigos!]).
É um ótimo filme pra quem gosta de filmes de faroeste.
É um ótimo filme pra quem gosta de thrillers de aliens.
É um ótimo filme pra quem só quer ver alguns tiros e umas porradas.
É um ótimo filme.

Assistam, jovens dragões!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 0 comentários

Sobre Resenhas de Filmes... (E onde baixar livros)

As resenhas de filmes sairão em qualquer horário, de qualquer dia, quando eu quiser.
Se eu assistir algum filme que me der vontade de fazer resenha, eu posto aqui pra vocês.
Diferentemente dos livros, não vou pôr nenhum link para assistir/baixar, porque isso é realmente fácil de encontrar.
Serei um pouco menos sério nas resenhas de filmes, por ser algo que eu não sou tão bom em fazer: vou dar apenas minhas opiniões e comparar, etc.

Abraços,
 William Alves.

P.S.: Eu upei toda a minha coleção de e-books em pdf em minha conta do mediafire. Aproveitem! ^^
domingo, 15 de dezembro de 2013 0 comentários

Algumas poesias...

Numa noite calma,
De luar tristonho,
O orvalho cai,
Como uma chuva de sonho.


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A figura de manto e foice

foi-se
e levou me consigo.
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Divagações Obscuras


Quanto mais fico no escuro,
mais ele faz parte do meu ser;
a luz não penetra em mim
quando chega o amanhecer.
A leve textura da noite
me cai como manto,
governo o nada, que escorre pelos cantos.
Porque, na falta de ver,
encontro a verdadeira visão
e a noite se torna testemunha da minha benção.
No escuro, confabulo e divago
e começo à entender que o nada
é apenas espaço vago
para encher-se de verdade.


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Transborda nos Olhos


Entre a tristeza e o espanto,
faz-se o pranto
que afaga o rosto,
e afoga o encanto
nas dobras e cantos
dos porquês e portantos.
E a lágrima,
doce mensageira da humanidade,
mostra a oculta verdade,
presente no coração,
lar de sentimento e emoção.
A dor infiltra-se nas brechas
que o tempo não fecha.
E o coração fragmenta-se
enquanto a tristeza
transborda nos olhos.
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Porque Generalizamos e os Rótulos que Criamos

Seis bilhões de indivíduos. Seis bilhões de almas sobre a crosta terrestre. De variados nomes, raças e crenças.Consegue imaginar? Seis milhões de vidas. Separadas, mas conjuntas.
Por isso, generalizamos. É um instinto humano separa-se em grupos. E, mais humano ainda, é julgar.
Não é fácil conviver com tantos tipos de pessoas, então as agrupamos, fazemos imagens mentais delas e as guardamos na mente.

O problema é que, como um antigo filme, a imagem se deteriora com o tempo.

E dessa deterioração, surgem os estereótipos. Rótulos que cobrem as imagens. Muçulmano? Terrorista! Padre? Pedófilo! Pastor? Estelionatário! E todas as outras semi-mentiras e meias-verdades que a mídia prega. Generalizamos. Temos pré-conceitos muito enraizados e julgamos o mundo com as leis dele próprio.
Agarramos todas as nossas imagens, com os seus rótulos, e criamos para nós uma armadura, para que ninguém possa ver nossos pecados, nossas culpas e convicções. Julgamos, temendo um julgamento recíproco, honesto.

Assim, adultos, cuidadosamente escondidos em suas armaduras, tomam das mãos das crianças a câmera e lhes devolvem as imagens tiradas do seu ponto de vista limitado. A câmera com a qual capturamos as imagens que usaremos pela vida inteira.
Porque, além de "proteger", a armadura também limita a visão. Mostra apenas as verdades convenientes. É o cabresto auto-imposto, a venda seletiva, cheia de furos.
Por isso e mais, proponho que queimemos nossas imagens parciais. Todas elas. E que seus rótulos vão com elas.

Tirariamos então, de uma gaveta escura e cheia de pó a nossa câmera (que na realidade, nunca manejamos) e abramos a porta para um novo mundo, desrotulado, desajeitado. Feliz.
Quem sabe algum dia nos escontramos por aí e tiramos uma foto juntos. Talvez um céu azul?

Sem nenhum rótulo. Apenas liberdade.
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O Teorema Katherine - John Green

Nome original: An Abundance of Katherines /
Ano: 2006 / Editora: Intrinseca / 302 páginas
Sinopse:

"Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera."

***

Resenha:

Bom, comecei a ler esse livro sem grandes esperanças de gostar. Li apenas porque minha melhor amiga, Fer, e minha namorada, Helô (as duas do Piranhas vs. Aliens), estavam lendo e me falando que ele era bom e todo esse bliblibli. Maaaaaaaas, tenho que admitir: me surpreendi com esse livro.

Inicialmente somos apresentados à um Colin Singleton em pedaços: K19 acabara de terminar com ele e a única coisa que ele conseguia fazer era vomitar e chorar. E então somos apresentados à Hassan Harbish, um muçulmano gordinho que, alegadamente, não é um terrorista (quando lerem, entenderão).
Hassan sugere que eles viagem para que Colin se esqueça de Katherine e é aí que a história começa.
Eles começam a andar de carro sem direção mas, como diz o próprio Colin, "nenhuma viagem de carro é realmente sem destino" e eles acabam na pequena cidade de Gutshot (o nome tem uma história interessante por trás, se você entende um pouco de inglês).
Lá, eles acabam conhecendo Lindsey Lee Wells, uma "paramédica em treinamento".
Depois de um estranho Momento Eureka, algumas mentiras sobre hemorróidas e franceses de intercâmbio, eles acabam chegando à casa da mãe de Lindsey, Hollis, a dona do orgulho da cidade uma fábrica têxtil que atualmente está no negócio de fabricação de cordinhas de absorventes internos (é, meu rapaz. Pois é).
Eles conseguem um trabalho com Hollis para entrevistar antigos cidadãos e acabam ficando na cidade, onde Colin começará à desenvolver o Teorema Katherine, supostamente, uma maneira de prever se duas pessoas ficarão juntas, mesmo que elas nem se conheçam ainda, através de matemática.

Quer descobrir mais?
Leia!

Links:


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Apresentação:

Bom, estamos começando \o/
Primeiramente, bem-vindos ao meu blog: meu nome é William Alves e aqui eu vou postar minhas resenhas de livros, filmes e etc, além de alguns conteúdos relacionados à RPG.

Previsões de futuras resenhas (até o fim do mês):

  1. O Teorema Katherine - John Green                                         (15/12/13)
  2. O Jogador Nº1 - Ernest Cline                                                     (23/12/13)
  3. The Maze Runner: Correr ou Morrer - James Dashner   (30/12/13)
As resenhas serão postadas semanalmente, geralmente às segundas.
Então, guardem um tempo pra lê-las, valeu?
A primeira já sai amanhã. Aguardem.

Abraços, William Alves.

 
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